Nosso encontro é fruto de um curso à distância.
Relatamos aqui a experiência que tivemos com a leitura e que nos foi marcante até hoje.
Gostaríamos de compartilhar com você. Faça o mesmo... escreva para nós contando livros que leu, autores que gosta, viagens literárias... compartilhe!
Memórias
de Leitura:
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Quando nos propomos a trabalhar com leitura e escrita entramos em um
mundo onde tudo se torna possível, trabalhamos com "sonhos",
onde a leitura se torna algo prazeroso.Meu depoimento consiste em uma
experiencia que tive em 2006 com uma sala de 3ª série do ensino
médio, onde trabalhava literatura com eles, e quando chegamos no
período simbolista, trabalhando com o autor Augusto dos Anjos, que
tem um referencial muito diferente de muitos escritores, algo
repudiado por muitos, mas com uma visão maravilhosa do mundo e do
ser humano, de como podemos enxergá-los.Diante do poema "Psicologia
de um Vencido", os alunos se propuseram a trabalhar com
monólogos e apresentar na escola, no mesmo estilo de Augusto dos
Anjos.
Os monólogos foram maravilhosos e muitos alunos se interessaram por teatro, e no momento eu faço parte de um grupo de teatro de Votorantim, e alguns alunos que já se formaram e estão algum deles em processo de formação superior me procuraram para atuarem junto comigo, isso é muito gratificante, e foi por meio da leitura, de como fazer essa leitura que obtive tal resultado, que muito me faz feliz."
Os monólogos foram maravilhosos e muitos alunos se interessaram por teatro, e no momento eu faço parte de um grupo de teatro de Votorantim, e alguns alunos que já se formaram e estão algum deles em processo de formação superior me procuraram para atuarem junto comigo, isso é muito gratificante, e foi por meio da leitura, de como fazer essa leitura que obtive tal resultado, que muito me faz feliz."
Rodrigo Araújo
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Ler e escrever têm sido uma constante em minha vida, desde menina.
Na
verdade senti um prazer imenso pela primeira vez com a
leitura aos dezoito anos, quando meu namorado (hoje meu marido) me
apresentou à série "As brumas de Avalon", de Marion
Zimmer Bradley. Senti como se o livro tivesse sido feito sob medida
para aplacar meu desejo de leitora. Hoje lembro-me com saudade
daquelas páginas e, de vez em quando, visito-as, sempre que dá
vontade. Era como se fosse Morgana e seu desejo pelo primo Lancelote
ou o amor pecaminoso por seu irmão Arthur em constante contradição,
naquele turbilhão de emoções que marcavam a luta entre o
Cristianismo versus o Paganismo e seus rituais. Era tudo tão
fascinante e imprevisível, apesar de suas tão
conhecidas personagens do círculo “arturiano”.
Hoje,
passei por muitas histórias, descobrindo o universo da literatura
fantástica e o prazer que ela sempre me traz, desde as histórias
de amor vampirescas, passando por aquelas de bruxos do bem contra o
mal e até mesmo pelos heróis mitológicos. Mas o que importa mesmo
em minha vida é descobrir novos mundos e viajar junto com suas
encantadoras personagens, permutando-me como se fosse cada uma
delas.
Agora
a vida gira e o prazer pela leitura dá asas à vontade de escrever.
Em meio a esse turbilhão maravilhoso de letras, acabo me perdendo
nas teclas do computador ou nas linhas dos meus cadernos. De
repente, acordo e estão lá, presentes, com toda sua força, as
palavras novas que minha mente viajada criou. "
Guacira
Maffra
"
Ler e escrever sempre foram fundamentais para mim, mesmo antes de eu
poder fazer essa escolha conscientemente e dizer, hoje em dia, isso
com certeza; aprender a ler não foi um processo fácil para mim,
pelo contrário, meus pais precisaram me ajudar, e bastante, nesta
tarefa; aliás, agradeço a ajuda deles por terem me feito descobrir
novos e diferentes 'mundos', como nos dizeres da filósofa Marilena
Chauí, nos trechos selecionados para leitura deste módulo. Na
fase da infância me lembro muito de um primeiro livro que lí, e que
parece ter despertado em mim esse caro prazer da leitura: não me
lembro a série e nem o ano, exatamente, mas no ensino fundamental,
lí e relí mais de vezes, o livro "A Velha Fridélia",da
autora Maria Heloísa Penteado. Lia, me divertia, 'fichava'( porque
ainda não sabia o que era isso), e me pegava tentando explicar a
história para meus amigos, como se tivesse que apresentar qualquer
coisa para eles sobre o livro. Muitos outros ainda fizeram parte do
meu 'universo' infantil, como "A Ilha Perdida", de Maria
Jose Dupre, ou "A Droga da Obediência", de Pedro Bandeira.
Estes, acredito que sejam conhecidos de grande parte dos professores
que aqui estão. Me lembro que em determinada parte da minha
infância, motivada pela escola e pelas leituras sugeridas, senti
vontade de escrever um livro - desejo esse que ainda nutro e que pode
vir a fazer parte das minhas realizações futuras, quem sabe um
dia...
Mesmo
na escola, já no ensino médio, e quando me sentia cansada das
matérias, tediosa dos amigos, ou na aula de matemática (!), lia os
romances que minha mãe colecionava das edições semanais de um
jornal conhecido da cidade de São Paulo. Por que escrever, eu
escrevia mesmo, nas aulas de redação, ou enviando cartas pelo
correio às minhas amigas distantes...aliás, sinto falta de receber
cartas escritas, com o tempo que era necessário para que as
'novidades' chegassem até você. Sobre isso, acredito que a escrita
e a apreensão do conhecimento mudaram profundamente sua concepção,
em um período muito curto de tempo: me lembro de ter escrito meu
primeiro 'email' com cerca de dez anos, e isso já fazem dezessete
anos...brincadeira. "
Camila
M. Dias
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